Tarso Genro, no seu depoimento a Sérgio Moro, disse que avisou Lula, em 2007, sobre a batida que a PF daria na casa de Vavá, irmão do ex-presidente que seria indiciado por tráfico de influência.

Disse Tarso Genro:

“Eu tinha assumido recentemente o Ministério da Justiça e, chegando de uma viagem ainda na Base Aérea, estava lá me aguardando o chefe da Polícia Federal, Paulo Lacerda, e o diretor de Inteligência da Polícia Federal. Me disseram ‘olha, ocorrerá uma diligência amanhã pedida pelo Ministério Público e determinada à Polícia Federal na casa de um irmão do presidente, nós queremos lhe avisar’. Eu digo: ‘está tudo regular? Tem ordem escrita? Tem orientação? Então que se proceda.’”

E acrescentou:

“Cumprindo minhas obrigações como ministro, procurei o presidente Lula, já era depois da meia noite. ‘Presidente, queria lhe informar que amanhã cedo vai ocorrer uma dligência na casa do seu irmão’. O presidente me perguntou ‘Está tudo legal, tudo regular?’ Eu disse ‘Sim, está tudo legal, tudo regular’. Ele disse. ‘Então, que se proceda essa diligência, te agradeço por informar.’”

É claro que Lula, cumprindo suas obrigações como presidente, não avisou Vavá. E é claro que Vavá, cumprindo as suas obrigações como irmão do presidente, não apagou provas que o incriminassem.